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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

O povo é sempre usado como objeto de manobra

Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro "O Homem Moral e a Sociedade Imoral" observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais. Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem. Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções coletivas. Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo tornam-se capazes dos atos mais cruéis. Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo. Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade. É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia. Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens e não

A razão pela qual a máquina incha

A cada mudança de governo, a cada troca de comando de alguma chefia, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, o trem da alegria das administrações públicas vai ganhando e lotando mais um vagão. Ao longo destes anos fiquei observando pelo menos na minha modesta maneira de ver as coisas e cheguei a uma conclusão. Você pode acompanhar meu raciocínio e no final concordar ou não. Simples! Por exemplo. Vamos partir de uma simples prefeitura com um quadro efetivo de 500 funcionários, mais 100 cargos ditos de chefia ou comissionados, pois isto não foge a regra. Aqueles para os quais não é necessário concurso e não são considerados efetivos. Apenas são os mais bem pagos, os que não precisam bater ponto, cumprir horário com rigor e até na grande maioria dos casos sempre tem um mais uma boquinha fora. Então como acontece o inchaço? Ora! Normalmente os novos 100 agregados sempre trazem consigo algum penduricalho. Ou é a secretária que é de confiança. Ou o advogado e o assessor que tem que v

Como escapar da crise

Enquanto a maior parte dos países trabalha para escapar da crise, incentivando o consumo para que o mercado absorva sua capacidade de produzir eletrodomésticos, automóveis, caminhões, remédios, vestuário e outros produtos industrializados ligados a geração de empregos nos setores industrial, do agrobusiness e de serviços. No Brasil, inversamente, o Governo anuncia o aumento dos juros, para que os brasileiros parem de comprar, viajar e comer. A justificativa é a de que se continuar o consumo nos patamares atuais, os preços irão subir, provocando inflação. Entretanto, no resto do mundo civilizado, os juros são reduzidos a quase “zero” para que o consumo retorne aos números praticados antes da crise global. A explicação é a de que no Brasil é preciso frear o consumo porque o Governo, nos últimos 20 anos, não investiu o mínimo necessário no desenvolvimento da agricultura, na construção de estradas, aeroportos, portos, produção de energia e apoio as industrias brasileiras para produzirem

A TRAGÉDIA DO CARNAVAL E A TRAGÉDIA DA NATUREZA

Se estrelas globais estão de luto pelo incêndio na Cidade do Samba que praticamente destruiu os barracões da Grande Rio, Portela e União da Ilha, o que dirão os componentes natos dessas escolas? Aqueles que vivem o dia a dia das comunidades, que sonham o ano inteiro em sair do anonimato mostrando o talento de berço, no samba, que sempre os embalou desde bebês..Os destaques dessas escolas, atrizes e modelos famosas, fizeram questão de chorar frente às câmeras ,completamente “desoladas” ao verem de perto a destruição das alegorias e fantasias que, com certeza, deve ter incluído a luxuosa e cara indumentária delas próprias. E foi exatamente por isso que todas juraram de pés juntos que vão desfilar de qualquer jeito, descalças, de biquini, calça rasgada, não importa, vão defender o nome e bandeira de suas escolas, vítimas do fogo implacável.Mas nem poderia ser de outra maneira. Imagine se vão perder essa oportunidade de serem tão “solidárias” com a dor dos sambistas, “colegas”de desfile?

Continuam sobrando vagas

Fica até difícil comentar o assunto, mas para quem há bem pouco tempo viveu a síndrome do pânico do desemprego, parece que a realidade é outra. Este final de semana até foi inusitado o que aconteceu na vizinha Joinville. Os anúncios de emprego e procura de trabalhadores foram feitos por um avião com uma faixa pendurada na sua cauda. Ou seja, mais ou menos como um vale tudo para ser visto e chamar a atenção. Aqui mesmo neste espaço já foram vários os comentários que as vagas para pessoas treinadas, preparadas estão sobrando e o que falta é mão de obra especializada. Gente preparada. Cursos técnicos. Ah. Mas exigem experiência você irá argumentar. Nem sempre. As vagas para estagiários, remuneradas e com todas as garantias, também estão sobrando. Vocês podem até dizer que sou jurássico, mas sou do tempo em que aprendiz não ganhava nada, ou ainda muitas vezes pagava para trabalhar. Hoje vemos um quadro inverso onde todo mundo quer saber primeiro dos seus direitos. Também assistimos e ouv

Só os covardes se escondem no anonimato

O exemplo de uma denúncia feita por alguém irresponsavelmente e que sequer teve a coragem de assumir o nome com que foi batizado e registrado, mostra que devemos ter muitos cuidados com o ouvi dizer, me contaram, e principalmente quando o assunto é difamatório e calunioso. Me desculpem tenho nojo de quem usa destes expedientes, esquecendo seu nome, sobrenome e procurando enlamear o dos outros. Já disse e vou repetir, répteis, covardes, amebas, energúmenos. O tal denunciante que inclusive colocou uma fotografia que também não era a sua no Orkut da Comunidade de São Bento, tratou de se livrar da sua pretensa ficha e sumiu. A comunidade inclusive criou um novo tópico para discutir a administração Magno Bollmann, o que é livre e um direito. O que precisa é que seus administradores tenham muito mais cuidado em selecionar seus membros. Que discutam, critiquem, mas mostrem a cara e o cidadão que são. Se possuem acusações e estas são comprovadamente verdadeiras, que o façam e inclusive levem a

Velho não é trapo

Somos um povo e um País que ainda vai pagar caro pelo nosso próprio comportamento. Não educamos bem os jovens e estamos diante de uma geração sem muitos rumos e principalmente respeito. Que esperar do futuro? Nosso velhos, e me incluo entre eles, pois acima de 60 já somos quase que descartados. Respeito que é bom, há muito tempo deixou de existir. A tal da terceira idade como querem nos tratar é apenas mais um engodo. Colocam os idosos para dançar e transar, tudo em nome de uma nova qualidade de vida e os números de aidéticos entre eles está crescendo assustadoramente. A ociosidade é uma porta aberta a todo tipo de contaminação. “Não é ocioso apenas o que nada faz, mas também o que poderia empregar melhor o seu tempo” (Sócrates ). Não que os idosos não mereçam descanso e lazer, mas talvez empregar melhor o tempo com ocupações que exijam exercícios físicos moderados e a cabeça ocupada. Dias destes a Recorde mostrou uma reportagem onde uma metalúrgica nos Estados Unidos só ocupa mão de

Brasileiro se educa pelo bolso

Embora as chuvas sejam abundantes e tenham causado estragos irrecuperáveis, não significa que a água está sobrando e que cada vez mais vai ficar armazenada. O bem que as chuvas causam as lavouras, a natureza e a nós humanos, quando causadas por fenômenos que mostram sinais de revolta pelo desperdício das águas, castigam mais do que beneficiam. São os danos materiais, os prejuízos financeiros, os gastos com recuperação e a perda de vidas preciosas que não tem reposição. No último domingo, como testemunho de tudo isto, foi sepultado em Joinville o contabilista Ezequiel Pirmann, grande amigo e ex-companheiro de trabalho.( O organizador da Festa a Manteiga em Marcílio Dias). Pessoa bastante conhecida também aqui em São Bento do Sul. A causa da morte? Lepstopirose adquirida pelo contato com água das enchentes. Do diagnóstico à morte, uma semana apenas. Aqui neste espaço hoje quero chamar a atenção para o desperdício que vemos todos os dias, daqueles caprichosos, mas irresponsáveis propriet